Conflitos familiares, aonde nossos jovens vão parar?

                                                     
   
   Cada vez mais, lidamos com jovens em situações de risco, isto inclui desde uso de drogas, a sexo sem proteção, até situações de violências que funcionam como gatilhos, levando a circunstâncias  que podem predispor ou facilitar comportamentos de risco. Estas são algumas conjunturas:
  • Não conviver com pais;
  • Apresentar um maior grau de de conflitos entre os pais/e entre pais e filhos;
  • Poucas realizações de atividades conjuntas entre pais e filhos.
  • Estilos educativos parentais inadequados;
  • Histórias de abusos / maltrato psíquicos/ físico familiar.  
   A família apesar dos seus diversos contextos ainda que usem os termo "desestruturada" vale salientar que cada família, com suas histórias e bagagens possuem suas estruturas; a diferença são suas vivências e suas praticas exercidas, os valores morais e éticos que são repassados a gerações.
   A hierarquia e papéis exercidos por cada ator que socialmente assume seu lugar na família é bem constituído na "Família em Desordem" de Roudinesco (2003) que apresenta características citadas em uma expressão sociológica ou psicanalítica de uma filiação verticalizada e de geração para geração, que insistem em dar continuidade as distorções entre pais e filhos bem como atitudes e comportamentos herdados. 
   Assim, estas ausências podem ser conflituosas, assumir papéis antes pertencido ao outro (a exemplo de uma ausência paterna), poderá implicar em situações pelo qual não está previsto na vida familiar ou seja,"o homem só pode ocupar plenamente o seu lugar de parceiro de uma mulher, quando ocupou seu lugar de filho em sua família de origem, e não o lugar de companheiro de sua mãe".
   Portanto caberá ao psicólogo por meio do seu acolhimento e empatia, compreender as características que envolvem estas famílias, estando atento a estes tantas crianças e adolescentes que vivenciam constantemente estas inversões de valores e papéis, além do seu espaço de convivência, seja ela, escolar, familiar, entre amigos, todos os seus círculos advindos da sociedade como um todo, baseando-se em resgates:
  • Da autoestima;
  • Oferecendo-lhes uma escuta
  • Acompanhamento dos envolvidos referentes as suas emoções, stress e medidas diante dos problemas e conflitos familiares encontrados,bem como um trabalho interdisciplinar com bases em demais instituições interligadas.
   Portanto se você enfrenta conflitos que desconstruíram seus vínculos, perdendo o apoio e relações   íntimas que estão afetando sua vida, procure ajuda!Enfrentar conflitos é criativo, o que não é criativo é conviver com confrontos acreditando que poderá anulá-los.

Psicóloga: Grisiela P. da Costa.

Referências:

Roudinesco,E. A família em desordem;Tradução André Teles, Rio de Janeiro: Jorge Zahar ed. (2003)





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